O Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS) elogiou esta sexta-feira o Plano Ferroviário Nacional (PFN), que considera “uma ferramenta essencial para as políticas de mobilidade”, e pediu que valorize também o transporte de mercadorias.
O PFN foi apresentado no ano passado e esteve em consulta pública até ao final do mês de fevereiro, sendo considerado pelo Governo o instrumento que irá definir a rede ferroviária que assegura as comunicações de interesse nacional e internacional. Tem como objetivos, nomeadamente, planear uma rede ferroviária para um horizonte de médio e longo prazo, identificar necessidades às quais o transporte ferroviário possa dar resposta, definir linhas e ramais, promover o aumento do uso do comboio, e assegurar uma cobertura adequada do país, conectada com cidades, centros logísticos, centros turísticos e com outros modos de transporte. No parecer agora divulgado, o CNADS diz que a versão em consulta pública expressa um conjunto de princípios fundamentais que o Conselho “subscreve e apoia“.
A versão do PFN apresenta algumas lacunas, entende o CNADS, que sugere que o plano tenha objetivos claros e concretos, e um conteúdo mais abrangente sobre a qualidade do serviço, as implicações sociais e ambientais, e as opções materiais, analisadas na sua eficácia, nos custos e na calendarização. Depois, acrescenta, o PFN deve contribuir para a digitalização do sistema ferroviário, com bons mapas das redes e informação em tempo real sobre viagens, tarifas e horários.