Depois de ter crescido 11,4%, em 2021, com isso superando os resultados do último ano antes da pandemia, o transporte ferroviário de mercadorias voltou às perdas em 2022: -3,2% em toneladas movimentadas, para um total de 9,3 milhões de toneladas.

Face a 2019,o recuo foi de 3,6%, segundo INE. Medido em toneladas-km, o resultado do sector foi marginalmente positivo (+0.9%), com um total de 2,75 mil milhões. Focando no quarto trimestre do amo passado, o INE refere uma quebra homóloga de 3,1% na tonelagem movimentada, ainda assim melhor que a perda de 10,7% experimentada no terceiro trimestre. Dos 2,3 milhões de toneladas transportadas, 672 mil corresponderam a tráfegos internacionais, que continuaram em alta, ao passo que o transporte nacional manteve a tendência decrescente evidenciada desde o início do ano. Em consequência, a quebra de atividade medida em toneladas-km foi menor, quer no quarto trimestre (-0,2%), quer no terceiro (-5%).

Como é sabido, os operadores ferroviários de mercadorias têm enfrentando sérios limites de capacidade da infraestrutura em resultado das obras de modernização da rede. O caso mais paradigmático é, claro, o da Linha da Beira Alta, que permanece encerrada, assim devendo manter-se, previsivelmente, atá ao final do ano.