A ERFA – European Rail Freight Association alertou que as políticas de transferência modal exigem um compromisso sério entre operadores ferroviários, gestores de infraestruturas e decisores políticos. A associação realizou um seminário, no passado dia 23 de maio, em que se discutiu a necessidade de encontrar um melhor equilíbrio entre as obras na rede ferroviária europeia e a garantia de que a capacidade para o transporte ferroviário de mercadorias continua com quantidade e qualidade suficientes. A ERFA reconhece que este é um “tema crítico” uma vez que, sem a modernização da rede, não será possível atingir as metas estabelecidas para a transferência modal até 2050. Por outro lado, se não existir uma boa gestão, no curto prazo, da capacidade ferroviária instalada e da gestão de infraestruturas também não será possível aumentar a quota modal da ferrovia de mercadorias.
A associação aponta que devido à necessidade de assegurar que ambos os objetivos de transferência modal estabelecidos na Estratégia Europeia para a Mobilidade Sustentável e Inteligente são exequíveis, é necessária uma abordagem equilibrada entre a gestão das obras e a gestão da capacidade. Dado que mais de 50% do tráfego ferroviário europeu de mercadorias atravessa pelo menos uma fronteira nacional, é fundamental que tal seja realizado de forma coordenada entre os gestores de infraestruturas em todas os corredores.
O presidente do ERFA, Dirk Stahl, afirmou que “a transferência modal não é apenas da responsabilidade das empresas de transporte ferroviário de mercadorias, mas também dos decisores políticos e dos gestores de infraestruturas. As empresas de transporte ferroviário de mercadorias não podem alcançar sozinhas a transferência modal nos próximos anos, no contexto de amplas restrições de infraestrutura nas redes principais e do aumento das expectativas dos clientes sobre o desempenho do transporte ferroviário de mercadorias”.