Em declarações ao ECO, o diretor-geral da APEF, Miguel Rebelo de Sousa, referiu que “a implementação de uma autoestrada ferroviária é o exemplo perfeito do que deve ser uma operação logística intermodal”, uma solução que “é complexa”, mas que serve para criar “ferramentas que tirem o melhor partido possível das valências de cada modo de transporte para as mercadorias”.
Miguel Rebelo de Sousa referiu ainda que “os modos de transporte ferroviário e rodoviário são complementares, pelo que estes tipos de soluções são bem-vindas e são muito positivas para o mercado e para podermos apresentar soluções que promovam um transporte de mercadorias cada vez mais sustentável”.
Recorde-se que a Infraestruturas de Portugal (IP) e o operador logístico espanhol Tramesa, do grupo Armando Álvarez, assinaram recentemente um protocolo para a implementação de uma autoestrada ferroviária na parte portuguesa do trajeto entre Valência e Entroncamento.
De acordo com uma nota da IP, com a assinatura deste protocolo é estabelecida a colaboração necessária entre a empresa portuguesa e a espanhola para o desenvolvimento e colocação ao serviço de uma autoestrada ferroviária em bitola ibérica no corredor ferroviário entre Valência e o Entroncamento numa primeira fase, e para os portos de Setúbal e Sines depois.
O arranque da primeira autoestrada ferroviária deverá ocorrer em 2025 porque depende da “adequação da infraestrutura a este tipo de tráfego”, indicou a IP ao ECO.